A história de um Servo de Deus
Daniel Berg nasceu em Vargon, na Suécia em 1885, num lar genuinamente cristão. Logo aos 17 anos, fez sua primeira viagem para os Estados Unidos, em 1902; isto porque a Suécia passava por uma crise financeira muito séria. Ao final de oito anos voltou de passagem à Suécia.
Nesta ocasião ao visitar a casa de seu melhor amigo, soube que ele era agora um pregador do Evangelho numa cidade próxima. Ao visitá-lo, em sua igreja, ouviu pela primeira vez sobre o batismo no Espírito Santo. Depois do culto, conversaram bastante sobre esta doutrina o que fez com que Daniel Berg saísse dali convicto, e buscando o seu batismo no Espírito Santo. Ainda no caminho de volta para a América ele recebeu o batismo e decidiu-se definitivamente dedicar sua vida ao Senhor.
Durante uma conferência em Chicago, ele conheceu seu futuro companheiro nas missões, o sueco Gunnar Vingren, que estava recém formado num Instituto Bíblico e desejoso de ser um missionário. Ambos, cheios do poder pentecostal, passaram a buscar do Senhor o seu direcionamento para suas vidas. Certo dia, o dono da casa que Gunnar Vingren morava teve um sonho e tinha visto o nome Pará e foi-lhe revelado que seria uma orientação para aqueles jovens. Logo descobriram que Deus os chamava para o Brasil. Apesar do pouco entusiasmo da igreja, e de nenhuma promessa de ajuda financeira, ambos foram separados para serem missionários no Brasil, cheios de convicção da parte de Deus.
A última e grande confirmação da parte de Deus foi quando o Senhor pediu a Berg e Vingren que dessem noventa dólares de oferta (exatamente o valor que eles tinham para a viagem) para um jornal pentecostal. Eles, em obediência, o fizeram. Porém, extraordinariamente o Senhor os devolveu o exato montante, usando um irmão em outra cidade, que foi revelado por Deus para tal. Berg e Vingren partiram para o Brasil no dia 5 de Novembro de 1910. Durante a viagem, eles já puderam experimentar um pouquinho o que seria o seu campo, e ali mesmo no navio se converteu a primeira alma para Jesus, desde que eles foram separados como missionários. Então, no dia 19 do mesmo mês chegaram à cidade de Belém do Pará.
Sua primeira hospedagem foi no porão de uma Igreja Batista, cujo pastor era americano. Logo começaram a dirigir cultos, para ajudar aquele pastor, e sempre que sentiam de falar sobre a manifestação do Espírito Santo para aqueles dias, o faziam sem constrangimento. Mesmo sendo um assunto novo para aqueles irmãos, eles se interessavam cada vez mais, o que decorreu no grande aumento da assiduidade nos cultos e constantes visitas aos missionários. Enquanto Berg começou a trabalhar na fundição, para sustentá-los, Vingren estudava português para ensiná-lo à noite.
A pobreza e principalmente a doença era uma constante naquele lugar, sobretudo a lepra e a febre amarela. Com isso, os irmãos freqüentavam cada vez mais o porão onde viviam Berg e Vingren, em busca de oração e conhecimento da Palavra. Ali o Senhor começou a batizar com o Espírito Santo e curar muitos enfermos. Num daqueles cultos improvisados, entrou de surpresa o pastor da igreja, que foi cordialmente convidado a participar do culto. Recusando o convite, passou a declarar uma série de acusações com relação às falsas doutrinas ensinadas pelos missionários, esperava contar com o apoio dos que ali estavam, mas pelo contrário, um diácono, dos membros mais antigos, se levantou e defendeu com testemunhos reais de que o batismo no Espírito Santo e a cura divina é para a atualidade. Neste dia então, Berg, Vingren e mais 18 irmãos foram expulsos daquela igreja e formaram a primeira Assembléia de Deus, que a princípio se reunia na casa da irmã Celina Albuquerque, a primeira crente batizada no Espírito Santo em terras brasileiras.
Logo depois começou a circular pela cidade um panfleto, da parte daquele pastor batista, alertando a população contra os ensinamentos dos missionários, citando inclusive as passagens bíblicas por eles usadas. O que parecia prejudicial, tornou-se num grande impulso para propagação das verdades bíblicas, pois aqueles que os liam, ao conferir com as escrituras, passavam a crer em suas pregações e buscavam a igreja, que crescia exponencialmente. Dias depois, chega à primeira remessa de Bíblias e Novos Testamentos em português, o que leva Daniel Berg a se dedicar exclusivamente à venda das literaturas e pregação do Evangelho.
Quando a Palavra de Deus já havia sido distribuída em toda Belém, Berg sentiu de Deus em ir rumo a Bragança e fazer na marcha para o interior o mesmo trabalho, para o qual era vocacionado. A tarefa não era fácil; os dois maiores inimigos eram o analfabetismo e o catolicismo herdado da colonização portuguesa. Naqueles pequenos vilarejos, o padre era a maior autoridade e todos os moradores já haviam sido advertidos quanto à pregação de Daniel Berg, e temiam a leitura da Bíblia, pois a igreja os proibia.
Apesar disto, o jovem continuava a bater nas portas, a ler trechos bíblicos e orar pelos enfermos. As portas se abriam aos poucos e o Senhor operava sempre. Em pouco tempo já haviam vinte novas igrejas entre Belém e Bragança. O próximo passo foi a caminho das selvas. O contato inicial foi difícil e a primeira família se converteu num velório quando Daniel leu sobre a ressurreição para o pai e os filhos ao lado do corpo da mãe. Estes se tornaram evangelistas e contribuíram para a formação de uma grande igreja ali. Sofreram fortes perseguições por parte dos policiais, pois o delegado estava comprometido politicamente com a igreja católica. Mas claro que por fim o nome do Senhor era glorificado pelas vitórias dos crentes. Berg só saiu dalí quando a igreja já havia amadurecido e caminhava por seus próprios pés.
O passo decorrente foi sua chegada às ilhas; nesta altura os maiores inimigos eram os naturais. A travessia em barcos precários, tornava o acesso muito perigoso, pois além da embarcação, haviam as piranhas e os jacarés. As grandes distâncias, as horas perdidas e o esforço com os remos, junto ao grande aumento do trabalho, tornou-o quase impossível. Após um acidente sofrido por Daniel, numa daquelas pequenas embarcações, sentiu de Deus de comprar um grande barco a velas, o que fez com a ajuda da igreja de Belém. Com o barco "Boas Novas" o atendimento era mais proveitoso e em maior extensão. Daniel Berg passou para o Senhor em 1963, e mesmo enfermo num hospital, saía de uma à outra enfermaria entregando literatura e orando pelos que se entregavam.
Coluna do Jornal Oliberal.
Mais de Cinco mil fiéis participaram, ontem à noite, do Culto de celebração ao aniversário de 99 anos da Assembléia de Deus e de fundação da igreja-mãe, primeira igreja pentecostal construída no país, localizada na travessa 14 de março, no bairro de Nazaré, em Belém do Pará. A noite de oração foi celebrada pelo pastor do Rio de Janeiro, Silmar Coelho, e integra a programação aberta desde o último sábado (12), que já inicia a contagem regressiva para a comemoração do centenário, em 2011. Com quase cem anos de história, a Assembléia de Deus é a maior igreja evangélica do Brasil, com cerca de vinte milhões de membros e está presente em 176 nações.
Para o Pastor Cléber Almeida, a trajetória quase centenária da igreja cruza com o caminho de mais fiéis a cada dia. "A história da igreja é classificada como sendo de crescimento em todos os lugares, tanto na nação brasileira, quanto estrangeria. A Assembléia de Deus tem crescido muito com o passar dos anos. Só em Belém estamos chegando a vinte mil membros", Explica. A capital paraense abriga 457 templos e mais 700 pastores, além de manter missionários em outros países.
As comemorações se estendem até a proxíma segunda-feira (21). Hoje, a partir das 8 horas, será realizado a Grande Carreata, com destino ao Estádio do Mangueirão. Em Belém, a concentração acontece na Escadinha do Cais do Porto, no mesmo local onde os primeiros missionários chegaram à capital. A carreata também parte dos municípios de Icoaraci e Marituba.
Mas a grande concentração pentecostal está prevista para a tarde de amanhã, no mesmo local. A celebração que marca os 99 anos de criação da igreja no Brasil comecará às 16 horas, e contará com a presença do Pastor Silas Malafaia, um dos mais conhecidos ministros protestante do País.
O dia Municipal da Assembléia de Deus (18 de Junho), instituído em 1999, foi comemorado ontem, na câmara Municipal de Belém, em sessão solene que lembrou também os 99 anos de existência da Igreja. A homenagem contou com corais de música e a presença do presidente da Assembléia de Deus em Belém, Samuel Câmara, além de dezenas de evangélicos, dos vereadores, Iran Moraes (PPS), o "cobrador prepador", de Paulo Queiroz (PSDB) do representante da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Pará (OAB/PA), Mário Freire Júnior, e do Secretário Municipal de Governo, Emerson Moura.
"Nós nascemos em um berço humilde. Começamos perseguidos e discriminados e, hoje, receber a homenagem do Poder Legislativo representa um privilégio e o reconhecimento desse segmento que não é só religioso, mas social, que ora e trabalha para o bem estar das pessoas", declarou Pr. Samuel Camara.
Fonte: Templo Alferes Costa, Oliberal
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