sábado, abril 10, 2010

O quanto você quer de Jesus?


Conta uma parábola que um crente chegou ao pastor da sua igreja e disse: “Pastor, eu gostaria de comprar um pouco de Jesus”. Ele queria apenas o suficiente para lhe dar um sono tranquilo à noite, mas nada que o perturbasse com a sorte das minorias oprimidas; que fosse o suficiente para fazê-lo dormir, mas não o fizesse sofrer com os miseráveis.

Ele queria só um pouco de Jesus que o emocionasse, mas não o transformasse; que lhe desse a cura física, mas não a cura interior. Ele queria apenas algo que lhe concedesse o calor humano, como de um “útero social”, mas nada que o levasse à crise existencial do novo nascimento.

Esse crente queria um pouco de Jesus que lhe garantisse o pão de cada dia, mas não o deixasse inquieto com os que não têm o que comer; apenas o suficiente para proteger a sua casa e os seus bens, mas não o deixasse perplexo com a situação dos que dormem debaixo das pontes. Um pouco, não muito, não tudo de Jesus; apenas o suficiente para lhe abrir as portas do céu, mas não lhe exigisse abrir os olhos para ver a maldade do seu próprio coração.

Receio que isso, embora expresso em parábola, não seja mera coincidência. É como a criança cuja mãe lhe dá pão com doce; lambe o doce e devolve o pão.

É provável que tenhamos chegado ao tempo predito por Jesus, em que “por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12). Alguém enamorado jamais se atrasa a um compromisso. Mas, hoje, a maioria não considera prioridade sequer chegar na hora para um culto de adoração ao Senhor.

Outra característica da nossa época é que o homem Jesus, o Filho de Deus, foi reduzido ao estereótipo de um ser mitológico, fruto da imaginação, uma pessoa “distante”. E alguns que se dizem “cristãos” vivem de tal modo como se Ele não existisse. Por isso, não é de se estranhar que alguns queiram “um pouco de Jesus”; apenas o bastante para não incomodar suas vidinhas vazias.

A questão que deveria incomodar, hoje e sempre, é se realmente acreditamos que Jesus Cristo é a resposta de Deus ao problema existencial do ser humano. Ora, se a resposta está em Jesus, o que justificaria, então, as mudanças substanciais na mensagem que é pregada por não poucos líderes cristãos e também no modo como muitos a vivem?

Preocupa-me o fato de estar sendo pregado e vivido ultimamente um cristianismo sem compromisso, uma fé utilitária, uma religião de consumo, na qual Jesus é reduzido às mesmas categorias das coisas de que precisamos.

É fácil deduzir que alguns frequentam igrejas, não porque querem Jesus, mas apenas porque desejam o que Ele pode proporcionar. Não o buscam pelo que Ele é, mas pelo que pode dar; não o buscam porque de fato o desejam, mas por entenderem que Ele é imprescindível para a realização dos seus planos pessoais.

O egoísmo próprio de nossa época quer que Jesus seja tirado do centro do universo, de modo que certos “cristãos” querem Jesus apenas o suficiente para ficar “de bem com a vida”. Muitos desejam um cristianismo humanista, mas não divino; uma redenção sem sangue, uma salvação sem mudança de vida, um discipulado sem cruz, um pentecoste sem o poder do Espírito Santo.

Mas essa época nos impõe algumas perguntas, as quais exigem respostas coerentes.

Que tipo de cristianismo nós queremos? Um cristianismo que nos deixe de bom astral, mas não nos custe nada? Uma mensagem que não fale de sacrifício, de renúncia, de perdas, só de sucesso? Uma fé indolor, sem sofrimento, que não nos deixe nenhuma marca? Uma existência inodora, sem o bom cheiro de Cristo, para não sermos incômodos?

Isto é preocupante, não somente porque a mensagem cristã está sendo diluída, mas também porque a própria maneira de viver o cristianismo tem sido maculada.

O modo como alguém prega e vive a mensagem do evangelho reflete a qualidade da sua consagração a Cristo. O quanto alguém tem de Jesus depende do quanto de si mesmo entrega a Ele.

Viver com Jesus é um desafio radical: “Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á”. Ou seja: se dermos a Ele toda a nossa vida, teremos a vida Dele toda.

Sendo assim, o quanto você vai querer de Jesus?







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